O objetivo deste livro é atingir as seguintes quatro metas:
• libertar milhões de praticantes inocentes da deidade budista Dorje Shugden e suas famílias do sofrimento;
• restaurar a paz e a harmonia entre praticantes Shugden e não Shugden;
• restabelecer as atividades espirituais comuns a praticantes Shugden e não Shugden; e
• libertar o budismo da poluição da política.
O Dalai Lama deseja banir a fé em Shugden em geral e, em particular, remover fiéis tibetanos praticantes de Shugden de seus monastérios bem como afastar fiéis praticantes ocidentais de Shugden da comunidade budista internacional. Desde 1996, o governo tibetano no exílio tem aplicado esforço contínuo para realizar esses desejos. Somente em fevereiro de 2008, 900 monges que são praticantes de Shugden foram expulsos de seus monastérios na Índia.
Em 1996 o governo tibetano no exílio decretou publicamente para a comunidade tibetana de cada país, inclusive o Tibete, que os praticantes de Shugden eram seus inimigos nacionais e estavam contra os desejos do Dalai Lama. O decreto afirmava que, a não ser que os praticantes de Shugden prometessem parar com a prática de Shugden, eles não receberiam nenhum cargo ou trabalho oficial, nem ajuda ou assistência, nem mesmo assistência médica, tanto do governo tibetano no exílio quanto dos membros individuais da
A Grande Farsa
comunidade tibetana. Além disso, qualquer tipo de conexão com praticantes Shudgen deveria ser cortada. Filhos de praticantes Shugden não mais podiam frequentar escolas tibetanas e praticantes Shugden não mais podiam participar de encontros comunitários, eventos sociais e assim por diante.
O governo tibetano no exílio colocou diretamente os desejos do Dalai Lama em prática na Índia e, da mesma maneira, os representantes ofi do Dalai Lama em cada país ao redor do mundo seguiram diretamente e de forma prática as ordens do governo no exílio. Esses representantes organizaram grupos de vigilantes nas suas respectivas regiões e coube a eles difamar, ameaçar e, algumas vezes, até prejudicar fi mente praticantes Shugden. Assim, muitos templos Shugden foram fechados e altares destruídos, casas de praticantes Shugden foram queimadas, praticantes foram brutalmente espancados e crianças foram expulsas de suas escolas. Os praticantes tibetanos de Shugden são, o tempo todo, injustamente acusados de serem “inimigos nacionais tibetanos” e sofrem isolamento em suas comunidades.
Esse tratamento desumano viola diretamente os direitos humanos e os princípios legais democráticos, mas, ainda assim, atualmente permeia quase todas as comunidades tibetanas, seja no oriente seja no ocidente. Por exemplo, mesmo no Tibete, onde os chineses agora concedem direitos básicos iguais a todos, os praticantes Shugden ainda sofrem de falta de liberdade religiosa em razão de outros tibetanos continuarem trabalhando dentro do Tibete para realizar lá os desejos do Dalai Lama. Na Suíça, um país democrático que abriga uma grande comunidade tibetana no exílio, os praticantes Shugden sofrem de falta de liberdade religiosa em virtude de ações injustas e discriminatórias de grupos organizados pelo Escritório do Representante do Dalai Lama, que atua diretamente contra as leis democráticas ao trabalhar continuamente para realizar os desejos do Dalai Lama. O mesmo acontece em todos outros países. O próprio Dalai Lama, o governo tibetano no exílio, os atuais e antigos abades dos principais monastérios da Tradição Gelug e os representantes do Dalai Lama em cada país do mundo foram todos eles contra as leis internacionais e estão transgredindo direitos humanos básicos. Eles são criminosos usando máscaras espirituais.